quinta-feira, 12 de março de 2015

Diário da construção de uma guitarra - parte... sei lá, não lembro mais!

    Ahháááá!!!. Estou de volta. Hoje fui a oficina dar um "adianto" no serviço da guitarra. Estamos na fase do acabamento mas antes é preciso concluir uns detalhes e entre eles as famigeradas bocas em F. Confesso que deixei este detalhe para o final porque estava com medo dele. Nunca fiz isso antes. Mas para tal feito usei uma ferramenta excepcional, um verdadeiro canivete suiço, a micro retífica. Ela é usada para serviços pequenos onde o importante é o detalhe. Acoplei nela uma broca helicoidal, para quem não conhece trata-se de uma broca que corta tanto para dentro como para os lados e assim sendo a micro retífica pode ser usada como tupia em pequenos detalhes. Uma verdadeira mão na roda (sem trocadilhos, por favor). As fotos a seguir mostram as bocas prontas em detalhes.




E como se diz em Minas Gerais: Vai ficar um pitéu!

    Outro detalhe que precisava ser resolvido era a marcação da escala. A princípio quis fazê-los pintados mas logo percebi que não ia ficar bom então tratei de mudar de idéia. Mas também não queria mexer com incrustações (engraçado, acaba de me ocorrer uma coisa - será que "incrustação" tem a ver com "crustáceo", tipo ostra, madre pérola...? Será um crustáceo grande?). Esse negócio é meio chato então fiz da seguinte maneira: furei os buracos na escala e enchi com massa poliéster branca. É facil, seca rápido e lixa bem. E também é facil de dar acabamento. Pronto, resolvido. A foto mostra os buracos cheios de massa e um deles já lixado. De última hora resolvi usar uma idéia meio radical que me ocorrera há alguns meses porém só saberão no próximo capítulo desta saga ( que eu espero que acabe logo pois pretendo usar esta guitarra no dia 04 de Abril no show de lançamento do novo disco do DNP.) 



Bom, pra terminar por hoje queria colocar aqui uma foto do Moisés, meu sócio na "doceria" mas como ele não apareceu vai ficar para a próxima. Obrigado e até breve.

domingo, 1 de março de 2015

Simulador de Leslie

    Um dos projetos mais ambiciosos que já idealizei sem dúvidas é o simulador de Leslie (tem um outro mas só vou falar daqui a um tempo). Para quem não está familiarizado com o tema, a famigerada caixa Leslie é um conjunto de alto falante e corneta que giram produzindo um efeito tipo chorus e tremolo juntos mas com um som mais espacial. O efeito é mecânico e por isso mesmo é impressionante. O simulador é eletrônico mas imita muito bem o efeito produzido sendo hoje largamente usado em órgãos portáteis com ótimo resultado.
    A proposta aqui é criar um circuito novo baseado na tecnologia que existe no momento à disposição no mercado, pode-se notar claramente que não se trata de um projeto fácil cujo objetivo não posso garantir que alcançarei entretanto acho extremamente positivo a forma desafiadora que está sendo conduzida. Cada etapa será desenvolvida, testada e analisada a parte e depois inserida no contexto geral.
    Aqui cabe uma observação necessária. A maioria dos componentes desenvolvidos hoje vem com um datasheet de fábrica que muitas vezes fornecem circuitos básicos utilizando o componente em questão, estes circuitos são usados como referência pelos projetistas para criar seus equipamentos. Daí a similaridade entre vários projetos. Neste esquema serão usados unidades de retardo, osciladores de baixa frequência, circuito de overdrive, filtros e divisores de fase. Todos estes podem ser encontrados aos montes por aí, basta escolher alguns ou consultar os datasheets e fazer as devidas adaptações.




    Deixarei a princípio o diagrama de blocos para que possam entender em linhas gerais como funciona o simulador. No próximo capítulo explicarei detalhadamente cada bloco. Por hoje é só e fiquem com um exemplo clássico de uso de caixas Leslie.

https://www.youtube.com/watch?v=iqaa9qwpmSA